segunda-feira, 2 de maio de 2011

Opinião de Caique, sobre o preconceito linguístico


O Brasil é um país de uma única língua, o que existe é variações dessas línguas que podem trazer tanto benefícios quanto malefícios.
A variedade lingüística nos garante uma cultura individual de cada população só que no momento em que passamos a ter preconceito com essas diferenças linguísticas, pode gerar problemas que prejudiquem as outras pessoas reprimindo e constrangendo ao próximo, um exemplo disso é quando um pernambucano viaja para outro estado ou o próprio pernambucano que vive no interior, quando vai para uma capital, é vítima de preconceitos.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Opinião de Diogo Germínio, sobre o preconceito linguístico

O preconceito em geral é uma forma ignorante de não aceitar as diferenças das outras pessoas, e que acaba se transformando em uma atitude discriminatória. Temos como exemplo o preconceito racial, cultural, linguístico e sexual. Preconceito leva a discriminação, que muitas vezes acaba em violência. 

Neste blog temos o objetivo de descutir o Preconceito Linguístico e a variação da lingua padrão.

Para começar é importante saber que o preconceito linguístico é o deboche, a sátira, ou a não tolerância em relação ao modo de falar das pessoas. No Brasil um exemplo claro é a discriminação do sotaque dos nordestinos pelos sulistas, que julgam sua maneira de falar como a mais correta e mais bonita. O fato é que a língua falada é muito mais viva e flexível do que as regras escritas da gramática. Portanto, língua falada e língua escrita são coisas totalmente diferentes. Segundo os linguistas, a noção de correto imposta pelo ensino tradicional da gramática normativa origina um preconceito contra as variedades não-padrão.

Mitos do preconceito linguístico

Mito nº 1: “O Português do Brasil apresenta uma unidade surpreendente”
A ciência linguística prova que, no mundo, não existe nenhuma língua uniforme e homogênea, mas sim, uma língua viva, heterogênea, com variações em todos os níveis estruturais (fonologia, morfologia, sintaxe, léxico) e em seu uso social. Nosso português brasileiro, apresenta então, grande variabilidade e diversidade, sendo em torno de 200 línguas diferentes faladas no país, fato que se dá pela grande extensão territorial, gerando diferenças regionais, e principalmente pela desigualdade social, que gera um abismo linguístico entre as diversas classes sociais existentes em nosso país. Como consequência, a educação no Brasil sofre com a imposição de uma norma linguística, como se tal fosse padrão entre os falantes do país, prejudicando diretamente os alunos que não compreendem o que vem sendo ensinado nas escolas. Outro exemplo são as camadas menos favorecidas, que não tem acesso à “língua” utilizada em órgãos públicos, deixando assim de usufruir de vários serviços que são de seu direito, simplesmente pelo fato de não compreenderam a linguagem utilizada.
Mito nº2: “Brasileiro não sabe português/Só em Portugal se fala bem português”
O esclarecimento desse mito é muito simples: o português falado em Portugal, é diferente do português falado no Brasil. O que acontece é que fomos colonizados por Portugal, então por comodidade falamos “português”, e atualmente, vem sendo dito “português brasileiro”, sendo que já possuímos nossa gramática, a qual possui uma grande diferenciação da gramática de Portugal. Essas diferenças ficam mais evidentes no que diz respeito à língua falada, que muitas vezes, se torna incompreensível.

 
Mito nº3: “Português é muito difícil”
Esse mito baseia-se no fato de que, nossas regras gramaticais fundamentam-se na norma gramatical literária de Portugal, ocasionando então, um aprendizado de regras que não correspondem ao que realmente falamos e escrevemos no Brasil. A partir desse pressuposto, concluímos que o Português só se torna “difícil” por aprendermos algo que não tem significado algum para nosso uso. Todo falante nativo de uma língua, sabe como empregá-la com habilidade em seu cotidiano. Um exemplo claro disso é uma criança de 5-6 anos, que já sabe se comunicar com eficiência, sem ao menos ter frequentado um banco de escola. Isso se dá por estarmos rodeados pela língua! Então não existe língua difícil, todas as línguas são passíveis de aprendizado se o falante estiver contextualizado com ela.
Mito nº4: “As pessoas sem instrução falam tudo errado”
Pela visão do preconceito linguístico, qualquer manifestação da língua fora do triângulo escola-gramática-dicionário é considerada errada. Mas existem alguns fenômenos linguísticos a serem considerados na fala, como por exemplo, a transformação do L em R nos encontros consonantais como “praca”, “pranta”. Observe as palavras: “prata”, “praga”. A etimologia delas é “plata”, “plaga”. Conclui-se então, que a própria origem das palavras explica esses fenômenos que muitas vezes são ridicularizados. Existem pessoas, tanto das classes sociais menos favorecidas, como das classes de prestígio, que tem dificuldade na pronúncia de algumas palavras, e isso acontece devido a problemas articulatórios que pode ser resolvido com assistência médica.
Mito nº5: “O lugar onde melhor se fala português no Brasil é o Maranhão”
Como diz o autor “não sei quem proferiu essa grande bobagem”, e na verdade, não passa de um mito sem fundamentação científica. O que acontece no Maranhão é a utilização do pronome tu, seguido do verbo –s (tu vais, tu queres), mas isso não dá sustentação suficiente a esse mito devido a outras variações que acontece no Maranhão. Mas o que acontece com o português do Maranhão, é basicamente que não há uma variedade nacional que seja mais pura do que a outra, e sim, uma variedade que atende às necessidades dos falantes de sua determinada região. Levando em consideração, que a variação também depende de um contexto histórico dessa região.
Mito nº6: “O certo é falar assim porque se escreve assim”
Devido à variação que acontece em toda comunidade linguística, toda língua não é falada do mesmo jeito em todos os lugares, e nem do mesmo jeito o tempo todo. Existem os sotaques da cada região que permitem que a mesma palavra falada em todo o Brasil possa ser pronunciada de forma diferente devido a esse fenômeno. É importante ensinar aos alunos a escrita de acordo com a ortografia oficial, a fim de que haja padronização na escrita para que todos que leiam possam compreender. Infelizmente é comum no ensino de uma língua ler como se escreve, porém acaba não condizendo com a realidade.
Mito nº7: “É preciso saber gramática para falar e escrever bem”
Essa afirmação é comum entre professores de português, e também divulgada em gramáticas normativas, porém não condiz com a realidade. Um exemplo disso são os grandes escritores que não tem domínio da gramática normativa, e afirmam tal fato, assim como os gramáticos não são necessariamente bons escritores. O que leva a uma boa prática escrita são a leitura e escrita por parte do aluno, a fim de formar um ser letrado para a sociedade contemporânea. Há registros históricos de literatura muito antes de serem criadas as gramáticas normativas. A língua sofre mudanças a todo tempo, é como um rio corrente; já a gramática é como um lago, parado, sem correnteza. Ou seja, a gramática está submissa à língua que é cheia de fenômenos e vive se renovando, enquanto a gramática não sofre tais alterações.
Mito nº8: “O domínio da norma-padrão é um instrumento de ascensão social”
Se realmente a norma-padrão fosse responsável pela ascensão social, ocupantes do topo da pirâmide social, econômica e política, seriam os professores de português, afinal, quem tem mais domínio da norma-padrão do que eles? Outro exemplo que se contradiz ao mito: um grande fazendeiro, praticamente analfabeto, mas dono de milhares de cabeças de gado, indústrias agrícolas, e influente na política de sua região, pode falar naturalmente sem dominar a norma-padrão, que terá um prestígio muito maior na hierarquia social. Então de que adianta o domínio da norma padrão, se ao menos o cidadão não tem acesso á água encanada, rede de esgoto, luz elétrica e um lugar decente para morar? É necessário acesso à educação no âmbito geral, e condição de uma vida digna de um cidadão merecedor de todo respeito.

Opinião de Alice Fernandes, sobre o preconceito linguístico

  O preconceito línguistico é um julgamento negativo sobre o sotaque de uma região, ou seja, é a não-tolerância em relação ao modo de falar das pessoas. Esse tipo de preconceito geralmente acontece quando pessoas viajam de uma região para outra do mesmo país, pois as pessoas acreditam que o seu sutaque é o padrão, fazendo com que mesmo inconcientimente , elas não aceitem outro tipo de som línguistico.

Variedades lingüísticas














É comum ouvir as pessoas dizerem que, no Brasil, fala-se apenas uma língua: o português (as línguas indígenas raramente são lembradas...). Entretanto, na realidade, a língua portuguesa possui variedades, afinal, não se fala do mesmo jeito em todas as regiões do país: há diferenças na fala dos mineiros com relação a, por exemplo, a fala dos gaúchos; esta, por sua vez, difere-se do modo de falar carioca, que é diferente do paulista, e assim por diante.
No entanto, mesmo se considerarmos a língua falada pelas pessoas de uma mesma região, veremos que ela varia de acordo com a classe social do falante, com o sexo, com a faixa etária, com a escolaridade e com o grau de formalidade da situação. Deste modo, todos estes são aspectos que interferem na língua, fazendo com que ela tenha diferenças não apenas na pronúncia, como também na sintaxe, na morfologia e no léxico.
Através dos meios de comunicação (televisão, Internet, jornais, revistas, etc) temos algum contato com as outras variedades da língua, contudo, muitas vezes, o que vemos não é uma tentativa de representação fiel dessas variedades, mas uma representação estereotipada, que não corresponde à realidade, que exagera nas diferenças existentes entre uma determinada variedade e outra (as novelas são um bom exemplo disso).
Representações desse tipo também são bastante comuns em textos que tenham algum compromisso com o humor: eles usam a tática de exagerar nas diferenças que existem em uma determinada variedade da língua, como uma forma de torná-las esquisita e, por sua vez, engraçada. Um exemplo disso é a famosa conversa que aconteceria entre dois mineiros, durante o café:




A) Ce qué café?
B) Qué.
A) Pó pô pó?
B) Pó pô!
A) Pó pô pão?
B) Pó pô poquin só.

A “tradução” desse diálogo seria a seguinte:

A:Você quer café?
B: Quero.
A: Posso pôr o pó?
B: Pode pôr!
A: Posso pôr pão?
B: Pode pôr um pouquinho só.


Será que são mesmo erros????

Alguns exemplos de erros de português...




sábado, 23 de abril de 2011

LIVRO PRECONCEITO LINGÜÍSTICO

O tratamento da língua como um todo hoje em dia é demasiadamente proporcional ao mundo em que vive-se. Uma língua é caracterizada pela sua forma de comunicação e interação social existente desde o princípio de sua utilização como comunicação verbal independentemente da forma como a fala foi ou é colocada. A distinção entre fala e língua se dá com a diferenciação entre linguagem formal e não-formal. A linguagem formal é aquela usada em ocasiões que necessite-se o uso da norma culta; a linguagem não-formal é aquela que é usada em ocasiões que são desnecessárias o uso de determinadas formalidades. Mas isso tudo não torna desigual a língua em que falamos: o Português.[BR]A língua portuguesa diferencia, como as demais línguas, a fala da escrita. No entanto, não pode-se dizer que uma pessoa analfabeta não sabe o português, pois se não o soubesse não falaria fluentemente esta língua.Um analfabeto não conhece a escrita portuguesa, e não a língua portuguesa.Mas há de se considerar que esta pessoa conhece apenas uma parte da língua que fala, o que o prejudica em parte no seu convívio com a comunidade. E este é um mau que a sociedade deve quebrar porque se continuar a existir analfabetos não haverá desenvolvimento no Brasil. E quanto a língua como escrita, devemos considerar a parte gramatical como uma parte da lingüística e não como um todo, já que a lingüística trata a língua como um todo e a parte escrita ( gramática ) é uma parte desta língua, não menos importante, mas uma parte apenas. No entanto, a sua importância é notória no que diz respeito ao conhecimento e crescimento individual e social de toda uma sociedade. Enfim, há de se saber a diferença entre fala e língua, mas também há de saber que tanto uma como outra são importantes para o desenvolvimento de toda uma sociedade.